UMA ANÁLISE BIOPOLÍTICA DAS FAKE NEWS COMO CAUSADORAS DO AUMENTO DA DESIGUALDADE SOCIAL EM UMA SOCIEDADE BIOCAPITALISTA

Resumo

O artigo busca traçar uma análise biopolítica das Fake News como causadoras do aumento da desigualdade social em uma sociedade pautada no biocapitalismo. A ruptura com o modelo absolutista e a aproximação do poder da chamada biopolítica faz com que seja necessário um estudo das notícias falsas como sendo um mecanismo de controle biopolitico. Ponderou-que a forma como o poder é exercido na sociedade mudou e, ao fazê-lo, aproximou-se não só da biopolítica mas também uniu-se ao sistema capitalista, dando origem ao chamado biocapitalismo. Essa união entre poder, capitalismo e biopolítica, quando aliada ao sistema de monetização que predomina na rede mundial de computadores faz com que seja mais fácil veicular notícias falsas em sites. O resultado desta análise é demonstrado com a pontuação de que além do sistema de monetização por trás das notícias falsas, há também um fator humano que faz com que elas sejam compartilhadas e replicadas na internet. Nessa senda, pontuou-se que a maquinação dos corpos e a multidão que dá vida a carne é essencial para levar o sujeito a compartilhar o conteúdo falso. Finalmente, a pesquisa em apreço considerou que outro fator que explica o porquê os cidadãos compartilham esse tipo de conteúdo está relacionado com a nova maneira de “ser” no ciberespaço, uma maneira que tem íntima relação com a criação de subjetividades.  A pesquisa que empregou respectivamente os métodos: dedutivo, dialético, histórico e as pesquisas bibliográficas, valeu-se das ideias de pensadores como: Michel Foucault, Zygmunt Bauman, Jeremy Benthan, Antônio Negri, dentre outros.