TERCEIRIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES

LIÇÕES (CRÍTICAS) DO BRASIL

Autores

  • Alberto Emiliano de Oliveira Neto PUCPR
  • Tatyana Scheila Friedrich UFPR

Palavras-chave:

Tercerização, Organização, Trabalhadores, Flexibilização

Resumo

Nos últimos anos o esgotamento dos modelos de produção do Fordismo e Toyotismo e da globalização levaram a uma transformação na produção por todo o mundo. Empresas não são mais estruturadas verticalmente, unindo todas as atividades no mesmo espaço. Elas começam a se organizar horizontalmente, focando em suas atividades-cerne e repassando a outras empresas suas atividades secundárias para otimizar o processo produtivo, em um processo denominado “acumulação flexível”. Consequências no mercado de trabalho são inevitáveis. As empresas de prestação de serviços precisam de maior flexibilidade e mobilidade externas, tal como os movimentos de mercado, como são submetidas a um ambiente ferozmente competitivo. Então, para manter as suas atividades elas promovem a redução dos salários dos trabalhadores e dos benefícios sociais, oferecendo, em geral, empregos precários e temporários. A organização dos trabalhadores também se torna mais difícil nesta nova estrutura, uma situação que se espalha em muitos países, inclusive no Brasil. Mesmo com suas peculiaridades históricas e legislativas o país não é imune a esta nova realidade.

Biografia do Autor

Alberto Emiliano de Oliveira Neto, PUCPR

Msc., Professor of Labor Law at Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), Brazil. Labor Prosecutor in Brazil (Ministério Público do Trabalho).

Tatyana Scheila Friedrich, UFPR

Professor of Private International Law at Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brazil. Visiting Scholar at Fordham University/NY - Capes Scholarship - Process no BEX 2540/15-0.

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Publicado

2020-11-03

Como Citar

Emiliano de Oliveira Neto, A., & Scheila Friedrich, T. (2020). TERCEIRIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES: LIÇÕES (CRÍTICAS) DO BRASIL. Constituição, Economia E Desenvolvimento: Revista Eletrônica Da Academia Brasileira De Direito Constitucional , 8(14), 79–88. Recuperado de https://abdconstojs.com.br/index.php/revista/article/view/132

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