O DIREITO FORMAL-RACIONAL NA TEORIA JURÍDICA

ENTRE O DESENCANTAMENTO DO MUNDO E A SUPERSTIÇÃO

Autores

  • Luís Fernando Sgarbossa UFMS/CPTL
  • Geziela Iensue UFMS/CPTL

Palavras-chave:

Direito formal-racional, Teoria da justiça, Interpretação

Resumo

O presente artigo tem por escopo desenvolver uma discussão – sem qualquer pretensão exaustiva ou concludente – sobre possíveis sobrevivências “supersticiosas” ou “irracionais” na teoria jurídica contemporânea, a despeito do suposto caráter formal-racional do direito moderno, e seu impacto no conhecimento científico do direito. Ao final, o artigo pretende demonstrar diversos paralelismos entre o pensamento comumente considerado irracional pela perspectiva cientificista e as crenças que ainda hoje permeiam o campo jurídico e que dominam, em boa medida ainda, as concepções predominantes sobre o direito.

Biografia do Autor

Luís Fernando Sgarbossa, UFMS/CPTL

Doutor e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS/CPTL.

Geziela Iensue, UFMS/CPTL

Doutora em Direito pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Mestre em Ciências Sociais Aplicadas e Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Professora Adjunta da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS/CPTL.

Referências

BILLIER, Jean-Cassien; MARYIOLI, Aglaé. História da Filosofia do Direito. Trad.

Maurício de Andrade. Barueri, Manole: 2005.

BOBBIO, Norberto. Positivismo Jurídico, o: lições de filosofia do Direito. Trad. Márcio Pugliesi; Edson Bini; Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 2006.

CLAESSEN, Henri J. M. Antropología Política: estudio de las comunidades políticas. Trad. Guillermo F. Margadant. Cidade do México: Universidade Autônoma do México, 1979.

DEL VECCHIO, Giorgio. Principios generales del Derecho, los. Trad. Juan O. Morales. Barcelona: Bosch, 1933.

DWORKIN, Ronald. Levando os Direitos a Sério. Trad. Nelson Boeira. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

EHRLICH, Eugen. Fundamentos da sociologia do direito. Tradução de René E. Gertz. Brasília, DF: UnB, 1986.

FINNIS, John. Natural Law & Natural Rights. 2 ed. Nova Iorque: Oxford, 2011. FRANK, Jerome. Mr. Justice Holmes and Non-Euclidean Legal Thinking. Cornell Law Review, v. 17, n. 4, jun. pp. 568-603, 1932.

FULLER, Lon L. Morality of Law, the. New Haven: Yale, 1969.

GILISSSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. Trad. António Manuel Hespanha; L. M. Macaísta Malheiros. 5 ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1986.

GRANDE, Elisabetta. L’apporto dell’Antropologia alla conoscenza del diritto. Rivista Critica del Diritto Privato, anno XIV, n. 3, , set. p. 467-500, 1996.

HART, Herbert L. A. Conceito de Direito, o. Trad. Antonio de O. Sette-Câmara. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

HESPANHA, António Manuel. Cultura Jurídica Europeia: síntese de um milênio. Florianópolis: Boiteux, 2005.

HOEBEL, E. Adamson;. FROST, Everett L. Antropologia Cultural e Social. Trad. Euclides Carneiro da Silva. São Paulo: Cultrix, 2006.

KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Trad. João B. Machado. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

_____. Teoria Geral das Normas. Trad. José F. Duarte. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1986.

MACCORMICK, Neil. Argumentação jurídica e Teoria do Direito. Trad. Waldéa Barcellos. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

MELLO, Luiz Gonzaga de. Antropologia Cultural: iniciação, teoria e temas. 12 ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

MORRISSON, Wayne. Filosofia do Direito: dos gregos ao pós-modernismo. Trad. Jefferson L. Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

RADBRUCH, Gustav. Filosofía del Derecho. [s.t.]. 2 ed. Madrid: Editorial Revista de Derecho Privado, 1944.

RAZ, Joseph. Concepto de Sistema Jurídico, el. Trad. Rolando Tamayo y Salmorán. Cidade do México: Universidade Autônoma do México, 1986.

ROSS, Alf. Direito e Justiça. Trad. Edson Bini. Bauru: Edipro, 2000.

_____. Tû-Tû. Trad. Edson Bini. São Paulo: Quartier Latin, 2004.

SACCO, Rodolfo. Antropologia giuridica. Milão: Il Mulino, 2007.

_____. Anthropologie Juridique: apport à une macro-histoire du Droit. Trad. Paris: Dalloz, 2008.

TAMAYO Y SALMORÁN, Rolando. Introducción a la Ciencia del Derecho y a la interpretación jurídica: la jurisprudencia romana. Boletín Mexicano de Derecho Comparado, ano XIII, n. 39, set./dez. pp. 821-869, 1980.

_____. Lenguage del derecho y demiurgia jurídica (entre actos ilocucionarios y actos mágicos). Crítica Jurídica: Revista Latinoamericana de Política, Filosofía y Derecho, n. 13. pp. 195-225, 1993.

TREVES, Renato. Sociologia do Direito: origens, pesquisas e problemas. Trad. 3 ed. Barueri: Manole, 2004.

WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. v. 1. Trad. Regias Barbosa; Karen E. Barbosa. Brasília: Editora UnB, 2004.

_____. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. v. 2. Trad. Regias Barbosa; Karen E. Barbosa. Brasília: Editora UnB, 2004.

ZENO-ZENCOVICH, Vincenzo. The Dark Side of The Force: superstition and/as law. Comparative Law Review, v. 2, n. 2. pp. 01-23, 2011.

Downloads

Publicado

2020-11-03

Como Citar

Sgarbossa, L. F., & Iensue, G. (2020). O DIREITO FORMAL-RACIONAL NA TEORIA JURÍDICA: ENTRE O DESENCANTAMENTO DO MUNDO E A SUPERSTIÇÃO. Constituição, Economia E Desenvolvimento: Revista Eletrônica Da Academia Brasileira De Direito Constitucional , 10(18), 278–299. Recuperado de https://abdconstojs.com.br/index.php/revista/article/view/185

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.